Ansiedade
![](https://623e35de25.cbaul-cdnwnd.com/8aa8d3df1421bd24e01df3b82f3658a8/200000320-8505c8505e/2021JAN16%20ansiedade%20FOTO.jpg?ph=623e35de25)
Não... não tem nada a ver, nem está relacionado este texto com a actual situação que vivemos, mas, num sentido mais abrangente, o das nossas vidas.
Não sou muito de passar por momentos de ansiedade. Talvez devido à procura constante em manter-me ocupado, me beneficie a não "matutar" como se costuma dizer, em coisas que não devo. No entanto, parece-me haver desta vez alguma ansiedade a vaguear cá por estes lados, trazida por factores aos quais não estava habituado na minha vida, que, de certo modo me deixam pensativo, talvez até demais do que deveria.
Mas afinal, que conceito é o meu de ansiedade, ou o que me falaram sobre a mesma?
Ansiedade, segundo dizem, não é nem mais nem menos que a reacção natural do corpo ao stress. Só que não me sinto, nem de perto, nem de longe uma pessoa stressada. Dizem também, ser um estado emocional caracterizado por sentimentos de tensão, preocupação e pensamentos ruins, embora nem sempre isso resulte em doença. Também se procurarmos saber mais, vemos ou lemos que a ansiedade no estado normal é saudável para o indivíduo, pois ela o impulsiona para realizar projectos, prosperar e planear o futuro. Então como ficamos? Bem, aí, e no decorrer de tudo isso, pode tornar-se alarmante o excesso desse sentimento.
Não costumo ter: transtorno de personalidade, ou de índole mental, muito menos se olharmos para a questão obsessiva, nem sequer de cariz alimentar ou mesmo de pânico.
Ausentes todos estes factores, que poderiam soar qualquer alarme, resta-me a preocupação pelos outros. Nessa vertente sim, há de facto alguma preocupação. Alguém com quem troquei umas palavras um destes dias, me dizia:
"Preocupas-te demasiado com os outros". Sim, confesso que sim, mas se isso podia levar a um estado natural de ansiedade, nunca pensei, nem avaliei tão profundamente. A preocupação e a inquietação, até a forma como convivemos com terceiros, familiares ou não, têm a sua implicação, na nossa parte emocional, física e psicológica. Tenho acompanhado tantas situações, com outros, e abandono-me e deixo-me por vezes levar por um transtorno, que é interferente no dia a dia, em mim e no comportamento perante outros. Então, sem o desejarmos, surgem os pensamentos negativos, que podem e fazem desencadear uma série de sintomas fisiológicos e emocionais que podem prejudicar a vida social e a própria rotina.
Tenha em atenção (eu tenho), sobretudo aos sintomas emocionais, tais como a tristeza, o nervosismo e a irritabilidade. Confesso que, de vez em quando os noto a pairar por aqui (e por aí), logo eu, que me julgo ser uma pessoa alegre, calma, feliz, amiga, brincalhona.
Ah pois é! Elas "não matam, mas apoquentam". Não é assim que se diz? E logo quando é sabido que os transtornos de ansiedade podem aumentar também, as hipóteses de desencadear doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes, além de ganho de peso, gordura abdominal e aumento da pressão arterial... E eu já tenho a minha conta de tudo isso. É que queira ou não queira, já caminho a passos largos para os setenta, embora tenha por hábito dizer que "a melhor idade é aquela que temos a cada dia", mas nunca descurando :)
(texto pessoal, com base em intervenção/partilha de voluntariado próprio / AFerreira)