Médicos suficientes? sim ou não?...
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Tema de conversa assíduo, a falta de médicos parece ser um problema, cuja resolução passará decerto por vários factores, tão determinantes (ou não), que não se consiga colmatar a falta que dizem existir no que diz respeito a estes profissionais da Saúde, quando de facto, notícias e estudos das mais diversas proveniências, nos dão a conhecer, não haver razão para a falta de médicos no nosso país, antes pelo contrário, já que Portugal tem o maior número de médicos por cada 100 mil habitantes.
Seja originado pela escolha e opção dos mesmos, ou pela não contratação por parte de quem tem em mão gerir as necessidades, quer pela falta de condições apetecíveis à classe designada, certo é que, algo não estará bem ,quanto ao que concerne à distribuição dos existentes, e à forma como é gerida essa mesma deficiência, uma vez que há escassez por exemplo, de médicos de família em muito lugar deste nosso Portugal, tido por muitos como "o paraíso, à beira mar plantado".
Segundo estudos recentes, Portugal é o país da União Europeia, que detém o maior número de médicos formados em medicina geral, pelo que nos é indicado em estudo divulgado pela Eurostat.
Apesar deste estudo, dizer respeito a 2016, é realidade que Portugal lidera os dados estatísticos correspondentes, com 253 médicos de clínica geral por cada 100 mil habitantes, seguido da Irlanda, com 179 médicos e a Áustria, com 159, enquanto no final da tabela se encontra a Grécia com apenas 42 médicos para 100 mil habitantes, ou seja, cerca de 17% dos médicos em idêntica circunstância em Portugal.
Pelo que se apura, a falta de médicos remete-se unicamente ao SNS (Serviço Nacional de Saúde), enquanto que o sector privado cresce a olhos vistos, em detrimento do público, no entanto uma boa parte dos que servem o público também se repartem em horários pelo privado, como todos sabemos, o que muita vez e mais tarde, optarão alguns por sair do SNS e ficar afecto unicamente ao privado.
Situações que se tornam urgente analisar e melhorar, já que, a maioria da população não tem condições para usufruir do serviço privado, além de que o SNS, como serviço público, é um direito que assiste ao cidadão, usufruir, dentro do que é estipulado como um dever do próprio serviço.
(texto de opinião, escrito à margem do novo AO)