Reflexão de Natal, mas não só...
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E pronto, cá estamos mais
uma vez em época de Natal, aquele período em que mais deveríamos refletir, e
fazer uma análise concisa do que foi o ano, o que dele pretendíamos e o que
realmente realizámos, sem nos debruçarmos somente no consumismo desmedido, e
procurar pelo contrário, fazer algo que levasse a uma transformação ou melhoria
de algumas atitudes.
Sabemos que inevitavelmente (ou porque simplesmente o achamos inevitável), é este
um tempo de correrias e promessas vãs, só porque no nosso pensamento, pouco mais
se deslumbra do que querermos surpreender esta ou aquela pessoa, quando tanta
vez o que mais é desejado pelas mesmas, é que haja uma atenção, um carinho, uma
atenção, um simples "olá, como vais"…
Mas não é assim, não tem sido assim, e acabamos por cair sempre na mesma rotina, levados quiçá, pelos múltiplos apelos das publicidades contínuas, com as quais somos bombardeados a todo o momento, como se fossemos impelidos (sem outra hipótese possível) aceder a um consumo exacerbado de toda a ordem e espécie, porque achamos nós, que a nossa prenda deve surpreender alguém como sendo o melhor presente do Mundo, muita vez sem olhar a meios (que na maioria das vezes não temos).
O que interessa é ficar bem na fotografia e pouco mais, levando o nosso pensamento a viver aquele momento (que nos parece sublime), mas a esquecer outros que são tão ou bem mais importantes.
Então! Não costumamos apregoar que o "Natal é quando o homem quiser"?
Então e os outros dias, como é que ficamos? Esquecemos a tal fotografia em família tirada no Natal, e andamos o resto do ano de "candeias às avessas", sem nos preocuparmos se todos estão bem, se precisam de algo, ou tão simplesmente de uma palavra amiga.
Ai como seria bom se dedicássemos mais tempo ao próximo e menos às redes sociais… Sim, sei que também passo algum tempo nas mesmas, mas "cada macaco no seu galho", já que tudo tem espaço de sabiamente organizado.
Há que mudar atitudes e melhorar consciências.
Não fazer isto ou aquilo, simplesmente porque alguém o fez, não prometer o que não temos a certeza de poder cumprir. O Natal, é sim uma época carregada de simbolismo, mas vale mais um carinho, uma atenção, um abraço, do que uma prenda que até na maioria dos casos nos custa a pagar, mas que aos nossos olhos nos eleva, mesmo sabendo que o próprio Ego se sentirá envergonhado.
Está nas nossas mãos o modificar o nosso modo de agir, e não nos acomodarmos ao que é habitual, só porque sim. Não podemos deixar as nossas disponibilidades e ações dependentes daquilo que outros fazem, e do modo como o fazem.
Cada um de nós, mesmo com pequenas ações, pode iniciar ou dar continuidade a uma transformação pessoal que nos deixe mais satisfeitos connosco e com o nosso semelhante, na certeza que todos ficarão a ganhar.
BOAS FESTAS PARA TODOS, HOJE E SEMPRE /AF