Ser Voluntário "parte 2 de 3"
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Na continuidade da aprendizagem adquirida, partilho algumas ideias sobre e como "experimentar" o voluntariado. Como sugestão, esteja atento às necessidades daqueles que o rodeiam, procure tarefas de apoio a outros, que envolvam rotinas diárias, serão estas a meu ver, aquelas que pouco a pouco, se evidenciarão na sua forma de ajudar, e testar se a sua disponibilidade e aptidão pessoal, se enquadra na dedicação a quem pretende ajudar, ou quem sabe, dedicar-se a um projecto de voluntariado mais abrangente.
Se pretende dedicar-se desta forma e ser voluntário, certifique-se do tempo que pode dar à causa a que se propõe. Seja sincero para consigo próprio(a) ao definir esse tempo e se está em condições de abdicar do mesmo para si em benefício de outra pessoa, acção ou entidade, não esquecendo nunca, que o tempo que dedicar em prol dessa actividade é tão ou mais importante e precioso, que o tempo que dedica em afazeres próprios, seja em trabalho ou lazer, não esquecendo que deve assumir somente o que realmente sabe que poderá cumprir. Pior do que não ajudar, é você comprometer-se com o que vai além da sua disponibilidade e ter que desistir da ajuda rapidamente, e o seu desejo de voluntariado ficar pelo caminho, não se irá sentir bem se isso acontecer, já para não falar no que causa no "outro" a interrupção dessa ajuda. Se um dia o tiver que fazer, acautele antes, através de outros voluntários, uma forma de que quem necessita, não venha a ficar sem a ajuda de que depende.
Depois, há outras condições a ter em conta. Muita gente nem imagina que certas habilidades e conhecimentos podem fazer a diferença para outras pessoas. Tenha a certeza do que sabe fazer bem e o que gostaria de fazer para ajudar o próximo, não descurando que o voluntariado também é estarmos disponíveis para aprender, também é ter espaço em nós, para o desenvolvimento de outras habilidades, já que o voluntário deve sempre aprender novas competências para participar de uma ajuda ou de um projeto solidário/social.
Tenha sempre presente a capacidade de identificar situações e possibilidades das acções a desenvolver. Entender o que uma pessoa, uma comunidade ou entidade precisa de verdade é essencial. Não basta querermos levar a nossa ajuda, se não conhecermos a realidade e as carências mais básicas, de quem pretendemos ajudar. Não adianta chegar a alguém em necessidade, com propostas de ajuda, sem sabermos de antemão se as condições de aceitação são as melhores. Há, acima de tudo, que ter um conhecimento prévio da situação real que vamos ter em mãos.
(parte II de III)
(texto de opinião de AF, escrito à margem do novo AO)